Nos ambientes industriais de vários anos atrás, onde havia pouquíssima digitalização, a criação de alarmes ou indicações de anomalias aos operadores era uma tarefa muito bem planejada. Muitas vezes, painéis de indicadores com luzes ou cartões retro iluminados eram utilizados, onde cada indicação possuía um custo e precisava ser alocada fisicamente em painéis.
Com a digitalização desses processos somada à supervisão e controle via sistemas DCS e SCADA, a criação de cada alarme individualmente passou a ter um custo praticamente zero. Na dúvida, em muitas situações, todas as variáveis eram e ainda são configuradas como alarmes. Além disso, a própria interface gráfica desses sistemas não segue uma filosofia que auxilie o operador a identificar e resolver problemas.
O resultado desta situação, em diversas indústrias, é a sobrecarga dos operadores com o excesso de alarmes. Diversos acidentes ocorrem e ainda poderão continuar a acontecer, pois a grande quantidade de alarmes faz com que seja mais difícil distinguir aquilo que é realmente importante do que é apenas informativo.
Cientes deste problema, diversas entidades passaram a estudar o assunto, propondo melhorias e novas formas de abordagem, entre elas a EEMUA e NAMUR.
Atualmente, duas normas servem de referência como boas práticas nesta área, que são a ANSI/ISA 18.2 “Gerenciamento de Sistemas de Alarmes” e a ANSI/ISA 101 “Interfaces Homem Máquina”.
A primeira norma propõe uma modelagem e funcionalidades para o monitoramento de alarmes e eventos, abordando, entretanto, como tópico de maior destaque, o ciclo de vida de alarmes. Em suma, o ciclo de vida representa as diversas etapas que devem ser cumpridas para o correto gerenciamento dos alarmes, desde a concepção, implementação e otimização, sendo, importante ressaltar, um processo de melhoria contínua no estilo PDCA (Plan-Do-Check-Act), que nunca deve ser dado como encerrado.
Já a norma 101 oferece uma série de boas práticas para que as indicações de alarmes e as próprias interfaces gráficas sigam um padrão que auxilie os operadores a aumentarem a consciência situacional, identificando, compreendendo e projetando, com mais facilidade, as situações de perigo que requerem ações corretivas. Estas duas normas, portanto, trabalham de forma cooperativa, oferecendo caminhos para a mitigação deste problema.
O ciclo de alarmes proposto pela norma 18.2 é formado por etapas, partindo de uma filosofia que representa uma visão particular de cada empresa sobre como devem ser tratados os alarmes, desde seu propósito, concepção, implementação e assim por diante.

Uma vez identificados, racionalizados e implementados, os alarmes passam à operação. Aqui é preciso monitorar e avaliar se os alarmes estão cumprindo sua função, pois o próprio processo pode passar por mudanças, como problemas em sensores, sazonalidades, entre outros que tornam o alarme obsoleto, inútil ou, pior, extremamente ruidoso, atuando continuamente e distraindo a atenção do operador.
Nesta etapa entra, então, o fechamento do ciclo, pois, com base nos resultados desta avaliação, é necessário definir novamente os alarmes e fazer alterações na configuração do sistema para resolver estes problemas, permitindo também realizar uma auditoria para saber quais foram as alterações executadas ao longo do tempo.
O Elipse Alarm Manager (ELAM) é a ferramenta de gerenciamento de alarmes da Elipse que permite acompanhar este ciclo de forma amplamente customizada e flexível, podendo se conectar tanto a sistemas SCADA da própria Elipse (E3/Power/Water) como de terceiros.
Saiba mais em www.elipse.com.br/produto/elipse-alarm-manager.