Este case apresenta a solução adotada para monitorar as diferentes variáveis de campo envolvidas no processo de distribuição de gás natural realizado pela Altus no sistema de supervisão e controle da Sulgás
A Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) é responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no Estado. Criada em 1993, atua como uma sociedade de economia mista, tendo como acionistas o Estado do Rio Grande do Sul e a Petrobras Gás S/A – Gaspetro. Atualmente, a empresa conta com uma rede de distribuição que abrange 542,3 quilômetros, atendendo cerca de 5 mil clientes industriais, comerciais e residenciais.
Pelo fato de possuir linhas de distribuição subterrâneas, espalhadas por áreas urbanas e rurais de difícil acesso, a Sulgás necessitava adotar um sistema que fosse capaz de monitorar as variáveis de campo remotamente e em tempo real. Um software SCADA que pudesse ser controlado de um único centro de operações, dispensando a necessidade de qualquer deslocamento até os locais a serem supervisionados .
Seguindo este raciocínio, a Sulgás contratou o Consórcio Altus e Syspro Quality para a execução do projeto, que utilizou o Elipse E3, desenvolvido pela Elipse Software, para o sistema de supervisão e controle. Ao todo, foram adquiridas cinco cópias do E3, sendo uma de Server ilimitado, uma de Server ilimitado Hot-Stand-By, uma de Viewer Control, duas de OPC Server e um driver Elipse SuperDriver, a mais nova tecnologia da empresa, capaz de permitir a utilização de mais de um protocolo em um mesmo canal de comunicação. Além dele, a Elipse desenvolveu o chamado Instromet 999, driver criado para esta aplicação específica.
A Altus foi responsável por toda a customização do software de acordo com as necessidades do projeto. Além disso, forneceu, junto à Syspro Quality, a tecnologia para a transmissão dos dados das linhas de distribuição da Sulgás ao sistema de supervisão e controle.
Os operadores da Sulgás podem supervisionar todas as variáveis que integram o processo de distribuição do gás natural graças às telas do Elipse E3 e a toda a tecnologia de transmissão de dados via GPRS. Pressão, temperatura e vazão do gás são algumas das variáveis que podem ser acompanhadas pelas telas do supervisório.
O volume consumido pelos clientes, assim como o status do sistema anti-corrosivo dos dutos por onde o gás é distribuído também são enviados para o E3. Além disso, o sistema fornece dados sobre o faturamento para o URP (Unidade de Referência de Preços) da empresa.
O sistema de alarmes é outro recurso disponibilizado pelo Elipse E3. Esse, alerta os operadores caso seja verificado qualquer problema no gasoduto. Suponha que a pressão esteja fora dos padrões normais. Uma vez constatado o problema, o software exibe uma mensagem nas telas, informando a hora, data e detalhes da ocorrência.
Por fim, foi utilizada a ferramenta do E3 para emissão dos históricos e gráficos, todos customizados conforme as necessidades do cliente e que podem ser exportados para PDF e impressos. Cerca de R$ 7 milhões foram investidos pela Sulgás para desenvolver todo o projeto e arquitetura do sistema. Projeto, esse, que abrangeu a compra do supervisório da Elipse, remotas de telemetria por GPRS, instalação de equipamentos nos usuários, montagem da sala de operações, gastos com computadores e mão de obra.
“O software permitiu a implementação de uma arquitetura robusta e confiável, viabilizando, assim, a integração com os sistemas internos da Sulgás. Durante o projeto, foram realizados estudos, buscando utilizar recursos de usabilidade o que resultou em interfaces de maior funcionalidade”, destacou Samuel H. Rosa, analista da Sulgás responsável pela condução do projeto.
Em busca de aprimorar a comunicação entre os diferentes equipamentos que integram o sistema responsável pela automação das variáveis de campo e equipamentos envolvidos no processo de distribuição de gás, a Sulgás decidiu adotar a mais nova tecnologia desenvolvida pela Elipse para atender este propósito, o Elipse SuperDriver. Um driver capaz de permitir a utilização de mais de um protocolo em um mesmo canal de comunicação.
O Elipse SuperDriver conta com uma estrutura capaz de se associar a múltiplos drivers, gerando itens chamados Escravos, que terão definições de configurações isoladas por perfis de drivers. Assim, os tags de comunicação existentes na aplicação, referenciados a estes Escravos por algum campo de configuração, terão seus parâmetros repassados à respectiva instância de driver apontado.
Importante salientar que os drivers Elipse que podem ser subordinados ao SuperDriver devem ser aqueles desenvolvidos para o IOKit e a topologia deve proporcionar obrigatoriamente, como camada de comunicação imediata à aplicação, a interface Ethernet.
Cliente: Sulgás
Responsável pelo projeto: Consórcio Altus e Syspro Quality
Software: Elipse E3
Número de Cópias: 5
Plataforma: Microsoft Windows Server 2008 e Microsoft Windows 7
Número de Pontos de I/O: Até 50 mil tags (inicialmente 400 pontos remotos, mas expansivo a 10 mil pontos de telemetria com tecnologia GPRS)
Driver de Comunicação: Modbus Enron; Modbus RTU; Instromet 999 (driver desenvolvido para essa aplicação pela Elipse)