Este case apresenta a utilização do Elipse E3 para controlar o processo de tratamento de efluentes provenientes das estações de tratamento da Sadia e Itambé, ambas localizadas na cidade de Uberlândia (MG)
Desenvolver soluções inovadoras e viáveis, técnica e economicamente, para o tratamento de efluentes industriais com elevadas concentrações de óleos e gorduras, associado a co-geração de bioenergia, é o desafio para o qual a GCTbio e parceiros escolheram o Sistema Supervisório ELIPSE E3 como plataforma de gerenciamento e automatização.
O projeto da GCTbio foi selecionado no edital Subvenção Econômica da FINEP e tem no escalonamento semi-industrial seu objetivo de converter conhecimento científico em tecnologia inovadora para o mercado industrial de tratamento de efluentes com elevadas cargas orgânicas complexas.
As plantas demonstrativas de escalonamento da tecnologia estão sediadas nas unidades industriais da SADIA e ITAMBÉ, localizadas na cidade de Uberlândia/MG. O laboratório da GCTbio responsável pelo desenvolvimento da solução enzimática se encontra no Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro – Bio-Rio, enquanto a unidade de engenharia da empresa fica em Belo Horizonte/MG.
Neste contexto, a GCTbio encontrou no ELIPSE E3 a solução para integrar, em tempo real, as plantas demonstrativas situadas no chão de fábrica da SADIA e ITAMBÉ. Além disso, a parceria com a Elipse possibilitou atender a demanda de projeto para um sistema de supervisão, controle e processamento de dados capaz de compilar diversas tecnologias de controle operacional do processo com tecnologias de gerenciamento de informações a um custo relativamente baixo e com a confiabilidade exigida por um sistema dessa categoria.
O desenvolvimento da nova tecnologia conta com investimentos de cerca de R$ 4,5 milhões, integrando soluções de engenharia e biotecnologia com o E3 implementado pela equipe de engenharia e pesquisadores da empresa de base tecnológica GCTbio.
Segundo o engenheiro de sistemas da GCTbio, José Mateus da Silva Neto, uma das principais vantagens proporcionadas pelo E3 é o de permitir o acompanhamento dos processos realizados nas PPDs, em tempo real, via internet. Desse modo, os operadores podem efetuar qualquer tipo de manobra como a abertura ou fechamento de válvula, por exemplo, sem precisar sair do Centro de Operações.
“Os domínios remotos do E3 permitem que possamos concatenar e visualizar todas as informações no Centro de Operações, em Belo Horizonte, independente do local onde os dados estão sendo coletados. No caso, Uberlândia”, resumiu o engenheiro da GCTbio.
Através das telas do software, o usuário pode monitorar não só o funcionamento dos equipamentos que integram as plantas, como também as etapas que constituem o tratamento. Na realidade, tanto o efluente residual gerado ao final da fabricação de leite em pó na unidade da Itambé quanto o proveniente do frigorífico da Sadia é tratado de uma forma diferenciada em relação aos processos que acontecem normalmente nas demais ETEs (estações de tratamento de efluentes).
O sistema de tratamento demonstrativo consiste de tecnologia biológica, anaeróbio e aeróbia, conjugada com processo enzimático. Por se tratar de uma unidade de escalonamento semi-industrial, as plantas demonstrativas possuem capacidade de tratamento de 10m3/d de efluente.
O software da Elipse permite que os operadores possam controlar as diferentes etapas que acontecem nas duas plantas da Sadia e Itambé. Através das telas do E3, é possível não só comandar os diferentes aparelhos que integram as PPDs (válvulas, bombas, medidores e transformadores), como também verificar a atual condição de cada equipamento, sabendo, inclusive, qual seu fabricante, modelo e período mais propício para a troca.
Além disso, o software permite o acesso a uma série de informações e imagens que traduzem as diferentes variáveis do processo. Dados que vão desde a vazão do efluente, nível encontrado nos tanques, força das motobombas, ph, temperatura, quantidade de biogás e energia liberados até a dosagem aplicada de ácido clorídrico, hidróxido de sódio e polímeros. No intuito de facilitar o gerenciamento destas informações, o E3 as exibe sob a forma de relatórios, gráficos e históricos, os quais ainda podem ser salvos e impressos em PDF ou Excel.
Somado a este controle, o software possui um sistema de alarmes que alerta os operadores caso seja verificada qualquer espécie de ocorrência ao longo do tratamento dos efluentes. Para isto, basta o usuário administrador do sistema decidir qual deverá ser o parâmetro de disparo do alarme para a variável que almeja monitorar. O operador, por exemplo, pode fazer com que o alarme seja acionado no reator, caso o ph do efluente seja diferente de sete ou caso o nível do efluente no tanque esteja acima ou abaixo do valor indicado.
Outro recurso disponibilizado pelo E3 e destacado pelo engenheiro da GCTbio se refere à assinatura eletrônica. Uma ferramenta muito útil para a central de operações na medida que amplia a rastreabilidade sobre qualquer manobra a ser efetuada nas PPDs. Ou seja, caso um operador decida aumentar a dosagem de HCl na processo de flotação, por exemplo, ele deverá cadastrar no sistema seu nome, horário e justificar o motivo que o levou a realizar o comando.
“Além de sua simples implementação, o E3 nos permite fazer os trabalhos de forma rápida e inteligente, gerenciando de modo organizado e seguro as informações. Isto graças aos diferentes recursos que oferece como os objetos de sua biblioteca e a assinatura eletrônica”, afirmou Mateus.
Clientes: Sadia e Itambé
Integrador: Global Ciência e Tecnologia Bio S/A
Software: Elipse E3
Número de Cópias: 3
Plataforma: Windows XP
Número de Pontos de I/O: 200
Driver de Comunicação: OPC